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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

SÉRGIO ALVES
(BRASIL – RIO DE JANEIRO)

 

Jornalista, escritor, ator, agitador cultural.
Nascido no Rio de Janeiro em 01 de abril de 1960, participa do movimento cultural desde os 15 anos, quando ingressou no grêmio estudantil e no grupo teatral da escola onde estudava. Com 7 livros de poesia publicados, o se mais recente é Poemas de Resistência, lançado em dezembro de 2022.

 

Rosas Para Marielle
contos, crônicas e poemas
Seleção e organização PLÍNIO CAMILLO. Co-organização
MIRIAM CASTRO.  Apresentação ANELITO DE OLIVEIRA.
Edição Anelito de Oliveira. Design Augusto de Oliveira. Imagem da capa: Yasmine Evaristo/Imagem, tracing e pintura.  Belo Horizonte – MG: Inmensa Editorial, 2024.
56 p. 
Inclui textos e poemas de Ana Gilda Leocadio, Ana Paula Campos, Benedita Lopes, Caroline Paixão, Cristiane Sobral, Débora Medeiros de Andrade, Diogo Nogue, Fabiana Nasimento, Felix Ventura, Ife Rosa OADQ, Ilma Fátima de Jesus, Irani Ribeiro, Júlio Emílio Braz, Leandro Passos, Luana Levy, Luiza Owhoka, Miriam Vieira,                                                                     Miriam Castro, Mônica Gomes, Negro Du, Neide Lopes, Pedro Machado, Plíonio Camillo, Roberta Borges, Rogério Adriano Silvestre, Sérgio Alves, Sérgio Rosa, Shirley Maia, Sued Fernandes  e  Tatiane Cristina Joaquim de Lima.

 


VENTRE AFROTUPI

Porque você pediu ao poeta
Uma obra que homenageasse a Marielle
Heroína, mártir de uma luta desigual.
O poeta declinou, hesitou, adiou.
Como homenagear um símbolos
Do naipe de Felipa, Nzinga, Aqualtune...
Depois do que já foi feito nos enredos
Nos livros e canções que a imortalizam?
Como versejar sobre quem virou estrela?
Como definir quem virou história?
Por isso o poeta correu da raia
Até o dia que ele
Viu o carcar branco Guajajara
E o tacape do cacique reluzirem ao lado
Do atabaque do Ogan do Olodum
E do turbante do Filho de Gandhi.
Aí tudo fez sentido:
Os inimigos atacaram o corpo físico
Quebraram placas de madeira
Porque é tudo que eles conhecem.
Mas ele não sabem fazer rap
Não entendem que o dó-ré-mi
Que sai do Xáxárá do orixá
E do assovio do pajé
Tem outra sonoridade.
O inimigo tem medo da parteira, da rezadeira,
Da tranceira, da bordadeira, da Yalorixá.
O inimigos tem medo do nosso sagrado.
É das vielas que nasce a revolução?
E as filhas das vielas estão ocupando espaços
Com suas batas coloridas
E seus cabelos naturais.
A chama da igualdade tem que ocupar
Ao bancos da Academia
E as cadeiras do parlamento.
Que as mães de Acari, da Maré,
De Vigário Geral
Sejam as referências das pequenas guerreiras
E que cada grafite flamejante
Desperte os quilombolas adormecidos
Que o inimigos, com seus templos,
Com suas armas, seus sistemas.
E suas mentiras faz de tudo pra matar.
Mas balas não matam histórias
E leis não apagam verdades;
Quando o povo conhece sua história,
Triunfam a justiça
E a liberdade.

 

*
VEJA e LEIA outros poetas do RIO DE JANEIRO em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/Poetas_de_a_z/poetas_a_z.html

Página publicada em setembro de 2024


 

 

 
 
 
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